domingo, 10 de junho de 2012

A Queda da Fortaleza. (Crónica)


Bilbao 3-1 Sporting

17' Susaeta
44' Wolfswinkel
45+1' Ibai Gomez
88' llorente
A história está plena de mártires, indivíduos que sem o merecerem passam as passas do Algarve. Em Bilbao foi apenas criado mais um, São Patrício não merecia ser crucificado pelos seus apóstolos. Fulminou bolas com os olhos rumo ao poste e fez mais um par de defesas impossíveis mas os 3 pregos que os hereges espanhóis lhe destinaram, esses eram inescapáveis.
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Jogo fraco do insurrecto apenas atenuado por ter de lidar não só com Muniain mas também com Goméz ao longo dos 90 minutos devido à atitude de “Nem copulo nem saio de cima“ de Pereirinha. As suas boas intenções nos dois lances de golo não foram suficientes para estancar as investidas dos Bascos.


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Raistapartisse Polga, fazes um jogo de grande nível durante 85’ e depois quando interessa és traçado como um dos centrais do Cascalheira de Rolhas?! À tua custa vou prá cova antes de chegar aos 30.


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Ao xerife deram-lhe a missão de impedir que o meliante Llorente assaltasse a loja de licores de Alvalade. No papel tinha tudo pra dar certo, na realidade parecia que estava a ver uma reencenação do filme “apanha-me se puderes”, o criminoso esteve sempre um passo à frente, sempre a esvaziar as garrafas de Beirão nas barbas do Sr. Agente.
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Um jogo de inglório trabalho para o tanque, muitas vezes as suas lagartas não tiveram tração para acompanhar as chaimites bascas que passavam a zarpar, no entanto se as lagartas resvalavam o canhão continua a disparar obuses de grande calibre, o tiro que disparou na segunda parte (o tal que para os Sportinguistas levava a força de mil sois mas demorou um século a percorrer a distância até à baliza) merecia estremecer a rede mas a pontaria estava demasiado afinada.
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Jogou sozinho no meio campo inimigo como um general com a missão de estancar e municiar, missões que cumpriu a preceito enquanto os soldados da frente conseguiam disparar as suas espingardas, o pior foi quando eles foram morrendo um por um e cada vez ficava o general mais sozinho contra as hostes do adversário.
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Carne toda no assador parte 1: O André está a jogar a alto nível porque não pô-lo em jogo a dinamitar a defesa Basca? Aposta ganha Sá, não fosse o facto conhecido de o puto só durar 60 minutos, mas são realmente 60 minutos em que os pássaros chilreiam, as flores abrem em mil tons diferentes e o Sol brilha mais forte.
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Carne pró assador parte 2: Matias está recuperado da lesão que o atormentava e é muitas vezes decisivo, porque não pô-lo com Martins para também dinamitar a defesa Basca?! Aposta quase ganha Sá, o problema é que El Crá é um canhão de vidro, cada bojarda que ele lança estremeco com medo de o ver estilhaçar. Neste deu para 45 minutos de intermitência, entre o muito bom e o regular.
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Como se não bastasse a inferioridade psicológica de ser afastado de uma final por um amarelo “puxadinho” Amorebieta fez questão de trabalhar também para a inferioridade física do Lobo. 45 minutos de boa lenha nas pernas do Holandês, tudo com a conivência do senhor do apito, no entanto se há coisa que quase todos os Sportinguistas sabem é que podes partir as pernas ao lobo mas se lhe deixas os dentes intactos vais acabar por levar uma trinca. Mais um jogo a facturar.
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Demasiado nervoso. O Daniel seguro, consistente e sempre atempado dos últimos jogos ficou em Lisboa, só pode ter sido uma confusão no Check in que terá trazido a Bilbao este individuo inseguro no passe, atrasado na marcação e nos tempos de entrada à bola. Era muito parecido com o nosso Carriço o miúdo, mas tenho a certeza que não era ele.
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A primeira tentativa de relançar o ataque e aproveitar o balanceamento dos Bascos para o ataque. Se a alegria que aqueles pés mostram de cada vez que tocam na bola fosse reflectida na atitude do espanhol em campo seria um dos melhores do nosso campeonato, neste momento é apenas mais um caso de “podias ser mas não és…”
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Hoje não te censuro rapaz, lançaram-te às feras e foste papado como o bife tenrinho que ainda és. Ficará pra uma próxima o jogo da tua afirmação.


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MVP: São Patrício e O Lobo

É certo que em Bilbao ninguém me mereceu a nota máxima mas houveram dois indivíduos que chegaram lá muito perto.

A um Guarda-redes de topo pede-se que defenda tudo o que for possível e faça também um par de milagres, o Rui esteve lá e cumpriu com os requisitos, a sua defesa milagrosa ao remate de Llorente foi apenas a cereja no topo do bolo da sua segurança e apenas uma unha mais bem cortada o impediu de defender o segundo golo basco e de ter o terceiro 
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A um ponta de lança de categoria pede-se que por muito que seja um oásis no meio do deserto adversário, por muito que seja o farol solitário na tormenta do mar inimigo, por mais sozinho que esteja, quando a chincha lhe chague só possa já ter um destino, o fundo da rede. O Lobo apenas teve uma oportunidade de golo durante a partida e todos nós sabemos onde essa foi parar. Mais 45 minutos no mesmo patamar e o terceiro 
+ estaria entregue.

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