quinta-feira, 7 de junho de 2012

O Princepezinho. (Crónica)


Sporting 2-1 Bilbao

54' Aurtenetxe
76' Insúa
80' Capel
Incrível. O nosso padroeiro já nem sequer precisa de utilizar o seu corpo para defender os remates adversários, apenas com o olhar fulmina a bola rumo ao poste. Foi traído no golo pelo Judas argentino, mas não há problema, São Patrício perdoa.


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Um autêntico furacão na direita. Causou o pânico na defesa basca com cada subida que fez e ainda terá obrigado uns quantos espanhóis a uma imprevista muda de roupa interior quando envia uma valente chispa no poste da sua baliza ainda na 1ª parte. Defensivamente impecável, Muniain irá com certeza precisar de uma boa dose de Xanax pra pegar no sono depois do seu encontro com o nosso Insurra.
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Será que Sá Pinto utilizou a manobra "Artur Jorge" no capitão? A verdade é que, onde antigamente sentia medo por mais uma casa das suas, hoje sinto pena do adversário por ter de jogar no mesmo raio de acção do grande Polga (Lllore... Quem?). Na fase final do jogo até o remate (depois de mais um brutal corte em antecipação) tentou mas aí deveria ter mais cuidado, por pouco causava um traumatismo craniano a algum Sportinguista na bancada.
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Muitas vezes Xandão é patrão, hoje teve de se contentar em ser apenas mais um trabalhador porque o patronato estava entregue ao colega do lado. Teve algumas hesitações e corte perigosos mas no geral foi mais uma exibição de top e mais uma litrada de tinta preta na caneta que paira sobre o contrato prá sua compra ao São Paulo.
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Chamei este rapaz de gulutão por querer fazer tudo em campo e hoje apenas me continuou a dar razão. Até a assistência do Bilbao é ele que a faz, vejam bem. Esteve em todo o lado: A testar o forro das luvas de Iraizoz logo a abrir, a provar que o relvado de Alvalade precisa de uma boa dose de remédio prás toupeiras no último lance da 1ª parte, a causar-me princípios de enfarte quando relança o Sporting no jogo. Resumindo, Deus no céu, Ínsua no Sporting.
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Omnipresente. A certa altura pensei ligar para o Sá Pinto a dizer pra ter cuidado que jogar com 15 em campo era capaz de dar castigo, mas afinal não, era só o Daniel a jogar por 4. Onde quer que andasse um Basco mal-intencionado logo aparecia Carriço de roda no ar a impor a lei da rolha. Dessem-lhe uma longa barba Branca e poderia encarnar Gandalf e berrar “NÂO PASSARÁS!”.
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O Sporting neste jogo foi uma orquestra muito bem afinada pelo maestro sentado no banco, mas por cada boa orquestra há um batalhão de almas a carregarem instrumentos para que nada falhe. Sorte grande do Sporting, basta apenas um carregador de piano para a bela orquestra verde produzir a sua doce música e esse vem do país das tulipas.
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A 1ª parte do Czar foi fraca sim, mas e depois?! Todos nós sabemos que 20 minutos de classe do russo equivalem a uma carreira inteira de futebol de outros indivíduos. Quando divergiu para o meio e começou a impor a sua lei na transição ofensiva foi como se o grão de areia que emperrava a engrenagem Sportinguista tivesse sido soprado para longe pelos ventos siberianos.
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Mais uma oportunidade agarrada pelos colarinhos por este puto. O cérebro da equipa em campo, o marionetista que puxou todos os cordelinhos. Sempre que a bola lhe chegava aos pés era garantido que algum basco iria sofrer um desgosto. As incontáveis vezes que ultrapassou a oposição do meio campo em finta curta só podem dar garantias aos Sportinguistas de termos aqui mais uma pérola.
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História do dia: Depois de um jogo de futsal um colega diz-me, “Oh, Marcos nem sabes como marcaste aquilo, a olhar pró chão mandas-te pra lá.” A minha resposta a esse comentário é aplicável na avaliação ao Famel. A baliza não tem rodas, está sempre no mesmo sítio, não é preciso olhar é só mandar bojarda. A bendita bojarda de Capel não foi a sua única nota positiva, deu uso aos seus 4 pulmões derretendo borracha de sola que daria pra manter a frota da Carris fornecida de pneus até ao dia do Apocalipse.
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Falhou um golo feito é verdade, com um niquinho mais de pontaria podia ter marcado mais dois também é certo, mas será que jogou verdadeiramente mal quando 80% das jogadas de perigo do sporting passaram pelos seus pés? Eu não acho, acho até que fez um belo jogo ofensivamente falando.


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O Gato tinha ido as filhoses, o Chef Sá não gostou e logo tratou de meter alguma pimenta Peruana no que restava da refeição do Leão de Lisboa. É conhecimento geral que o picante melhora todos os pratos e este não foi excepção, Iraola viu-se e desejou-se com o novo calor do prato que lhe ofereceram, ficou de rastos várias vezes e pode contar com problemas no hemorroidal nos próximos dias.
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Mais um pedaço de carne lançado para o assador de Alvalade, carne bem tenrinha mesmo ao gosto do Leão, foi importante a desmantelar (ainda que só posicionalmente) a defesa espanhola.


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Entrou com muita garra para substituir um esgotado Capel e para ajudar a encostar os Bascos às cordas. Cumpriu a tarefa sem problemas nos poucos minutos que teve.


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MVP: Diego Capel

É a materialização do que é o Sporting. Pode ter lacunas, pode fazer muito excremento, mas vê-lo a carregar na embraiagem e meter a segunda até me deixa de lágrimas nos olhos, a mim e às defesas contrárias que até devem gritar para que suas mãezinhas os deixem trepar de volta por suas pernas acima quando o Famel vem na sua direcção. Em Alvalade o Leão é rei mas Capel já é príncipe e isso viu-se na sua substituição que levou com a maior ovação que me lembro desde a despedida do Levezinho, se isto não quer dizer alguma coisa, não sei o quererá.

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