segunda-feira, 11 de junho de 2012

Caipirinha Com Pouca Lima e Muito Ice. (Crónica)

Sporting 3-2 Braga

34' Wolfswinkel
54' Hélder Barbosa
61' Wolfswinkel
84' Wolfswinkel
88' Lima (g.p.)
Diz-se que está de saída. Espero bem que não, neste momento tirarem o Ru1 ao Sporting seria decepar os testículos ao Leão com uma faca de manteiga. Não vás Rui, depois quem é que nos defende os remates dos Amorins desta vida? O Boeck é bom, mas ainda não é Santo, é só apóstolo.


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Para os que dizem que o João é um rufia, hoje foi a prova do contrário. Achou que seria de bom-tom dar ao Braga uma prenda de jogar aí um bocadinho contra 10, não aproveitaram?! Azarito. A partir daí não houve mais abébias. Ofensivamente integrou-se às mil maravilhas com Carrillo até ao cruzamento, aí os seus pés foram substituídos por dois barrotes de mogno que mandavam 100% das bolas prás couves.
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O que será Daniel hoje em dia? Um trinco que já foi central? Um central que faz uma perninha a trinco? Eu aposto mais na 1ª, tanto que já se sentiu alguma estranheza no Daniel no retorno à sua posição de origem. Não que um Carriço a meio gás não seja mais que suficiente pra lidar com a produção ofensiva do “4º grande” mas que sentiu alguma comichão isso sentiu.
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Jogo calminho para o Xerife no seu policiamento ao 2º artilheiro da liga. Durante quase toda a partida não se viu Lima que chegasse nem pra meia caipirinha. O problema é que todos sabemos que a mínima lambidela nesse citrino da uma bela duma azia. Xandão sentiu isso na única vez que dormiu e deixou Lima passar.
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Regularidade é o nome do meio do nosso Panzer da esquerda. A defender impassável, a atacar sempre relevante (o passe para o 3º do Lobo foi um regalo). A industria dos forros de luvas de guarda-redes em Portugal até se espuma de antecipação de cada vez que este miúdo puxa a culatra à pistola. Ontem foi Quim que sentiu a bomba Ínsua a rebentar nas suas mãos na final da taça será outro, é mais uma das inevitabilidades da vida.
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A relevância deste homem em campo é uma coisa descomunal, mesmo quando (talvez por escolha própria) deixa as construções ofensivas totalmente para o Holandês do lado continua a ser como que uma esponja que chupa todo o talento aos meio campos adversários. Viana e Mossoró entraram rapidamente para os bolsos do Brasileiro e ainda bem que a época do Braga já terminou senão seria complicado tira-los de lá a tempo do próximo compromisso.
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Cedo se viu que Matias não estava praí virado. Cedo se viu que teria de construir e destruir quase em simultâneo. Não teve problema em roubar da batuta ao chileno e produzir da sua musica, musica cheia dos mais precisos acordes, música de tal técnica que por mais previsível que seja será sempre incompreensível, NAC sabia exactamente que Schaars ia aparecer no coração da área depois do passe de Carrillo mas pará-lo já são outros 500.
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A exibição mais apagada do onze inicial, salva-se a sua recém-descoberta capacidade de dar pau do grosso. Virou ainda uns quantos Bracarenses ao contrário em missões defensivas o que é mais do que suficiente para escapar à nota negativa, agora no que lhe é realmente pedido, transportar a equipa pra diante aí partiu umas quantas cordas da viola com que costuma dar música aos adversários.
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Que a lebre é imparável quando parte pra cima do adversário já nos sabíamos há muito, agora o gosto de o ver cada vez mais combativo e incisivo no que faz isso pra mim é muito novo. A recuperação de bola sobre Amorim que dá o primeiro golo ao Iceman é como que a descida dos testículos de Carrillo, o momento em que perdemos a voz de galinha a ir pró tacho e ganhamos uma voz de macho (rima perfeitamente intencional), quando passamos de menino a Homem.
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São tão tristes as injustiças da vida, porquê é que não podia ser um Javi Garcia, um Kléber ou um Proença a nascer com músculos de cristal, porquê, destino cruel, nos privas de uns pés desta qualidade enquanto uma multidão de indivíduos que nem prá fogueira servem continuam a envenenar os nossos relvados. Melhor parte da actuação de Jeffrén, o sorriso com que saiu de campo, defendeu e atacou bem mas nada se compara a ver o rapaz outra vez feliz.
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O Arsenal de Portugal veio a Alvalade mas quem disparou a artilharia toda foi o sniper de verde e branco. O “4º grande” bem queria oferecer golos ao seu ponta-de-lança mas foi destruído por um puto Holandês cheio de veneno. Mostrou a capacidade mística de ter Íman para a chincha, a capacidade dos predestinados de ter as probabilidades sempre do seu lado. A bola pode ir parar a um milhão de sítios diferentes, no entanto vai sempre ter com ele.
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Já o meu paizinho sabia que não era em 5 minutos que punha a Zundapp a desenvolver, a do Sporting não é diferente, entrou já com pouco tempo, apenas o suficiente para causar mais uns amargos de boca ao coitado do Elderson que não dormirá em condições durante umas semanas depois desta partida, comer com JP, Carrillo e Capel no mesmo jogo não deve ser nada bom para o estômago.


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Que não é jogador da bola já o sabemos há muito, é esforçado e competente agora só lhe falta melhorar a sua higiene oral, é que conseguir deitar o Lima abaixo só com o bafo deve ser coisa de hálito cadavérico.


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Nós não nos esquecemos de ti Tiago, esperamos que acompanhes o Sporting durante muitos mais gloriosos anos e não é a toa que foste alvo da maior ovação da noite.


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