domingo, 27 de maio de 2012

O Milagre de Manchester. (Crónica)




Man. City 3-2 Sporting

33' Matias Férnandez
40' Wolfswinkel
60' Agüero
75' Balotelli (g.p.)
82' Agüero






Papa Bento XVI, não será horinha de vir a Lisboa canonizar este rapaz. Se os Pastorinhos já são santos por "apenas" um milagre, os que este já praticou davam pra 20 beatificações seguidas.
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Se Mancini tinha intenção de plantar umas couves no lado direito da nossa defesa, bem se lixou porque a seca que o numero 25 lá promoveu não deixaria crescer nem erva daninha. Foi intransponível a defender mesmo com um braço em fracas condições e durante a primeira parte foi essencial na manobra ofensiva, estado no coração do 2º golo.
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Ele bem cheirou o golo, mas desta vez não estava escrito. O que já devia estar escrito sim e em letras bem garrafais é o cheque para entregar aos dirigentes do São Paulo. Totalmente intratável pelo ar e intransponível pelo chão, ainda tentou emendar a borrada de Polga no 1º golo mas infelizmente, milagres, só Patrício.

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Senhor Polga, o que lhe havemos de fazer? A sua paragem cerebral da praxe resultou no 1º golo do City, o que é pena porque caminhava para mais uma exibição de alto nível.
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Enquanto a equipa atacou, Ínsua dinamitou, quando defendeu, nada mudou. Espantei-me quando aos 75min. Depois de um jogo inteiro de vai-e-vem ainda tem cabedal para acompanhar o sprint de Aguero e impedir o Argentino de fazer mais uma marca no jogo.
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Viram-no em campo? De longe a longe, não? E a dupla Silva + Yaya? Viram-nos a eles? Definitivamente não. Esta explicada pois, a importância do Daniel neste jogo.
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Ter o Holandês em campo é uma espécie de seguro contra todos os riscos. Se Silva, Yaya e Nasri não se viram foi muito por obra deste homem e Carriço. A única diferença que este também faz a ligação para o ataque. Um Box to Box de grande quilate.
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Se inventarem uma máquina que transfira lesões, eu de bom grado ofereço os meus joelhos a este homem. Todos os adeptos do futebol sem excepção deveriam chorar como Madalena Arrependida de cada vez que uma lesão afecta o Czar. Todo ele é ouro e aquele cruzamento para o golo do Iceman só está ao nível dos predestinados.


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Hoje chamem-lhe catedrático porque acabou de nos dar uma enorme lição de como bem organizar um ataque e de como ser decisivo. O livre que marcou devia constar em todos os compêndios do desporto rei e a rabeca que deu a Savic logo no início de jogo deveria substituir todos os exemplares de Playboys e Penthouses nos arsenais masturbatórios da juventude Sportinguista.
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VREEEM VREEEM VREEM! Tera sido mais ou menos isto que Micah Richards terá ouvido de cada vez que o espanhol se chegou a ele. Podem chamar-lhe inconsequente, "olhos no chão" ou outros nomes que queiram mas a verdade é que põe qualquer defesa em sentido.

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O golo que marcou é um hino ao ponta de lança. Mal o rapaz começa a correr nesse lance só havia um destino para a chincha, o fundo da rede. 1 oportunidade = 1 golo é óptimo, mas ainda melhor é o dinamismo que impõe ao nosso ataque e à defesa adversaria, obrigando-os a correr e a pensar rápido. Saiu com os bofes de fora, prova do quanto se entrega ao jogo.
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Renato, Renato. Uma infantilidade de todo o tamanho a manchar uma exibição que estava a ser (e continuou a ser) de nível altíssimo, sempre em dobras constantes e pertinentes a todos os companheiros.

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É um prazer ver o espanhol jogar, a técnica e inteligência que imprime a cada jogada só comprova que é um grande talento minado pelas lesões. Espero então que essas desgraçadas se tenham ido embora de vez porque os Sportinguistas não merecem ser privados de o ver jogar.
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A única desilusão da noite. Entrou com duas missões, segurar ao máximo a bola nos movimentos atacantes e ajudar no processo defensivo, falhou redondamente na 1ª e na segunda sai intimamente ligado ao 3º golo, ao esquecer-se que o fiscal de linha tem olhos na cara. Pôs Agüero em jogo e o meu coração ressentiu-se disso.
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MVP: Pereirão

Felizmente hoje há muito por onde escolher mas este rapaz fez uma exibição de gala numa posição que já não era sua desde o terramoto de 1755 e contra uma das "melhores" linhas avançadas do planeta. Para mim, a escolha óbvia.









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