terça-feira, 18 de setembro de 2012

Leão cozinhado no Caldeirão (Crónica).


Maritimo 1-1 Sporting

55' Wolfswinkel
87' Luis Guilherme
O tempo da ressurreição de Cristo foi contado em dias, o tempo das aparições de São Patrício pode ser contado em jogos. Depois de 3 jogos com tanto trabalho como um vendedor de guarda-chuvas no Uganda eis que é chamado a intervir com mais uma defesa extraterrestre. Pena que numa equipa de cegos, o único que tem olho seja obrigado a sofrer tanto.


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O miúdo Cédric também me faz lembrar a antiga Zundapp do meu pai, tal como esse artefacto glorioso também o velocímetro deste puto parece ter o ponteiro colado, a diferença é que se na máquina sénior o marcador não saía do 0, neste jovem está entalado no 100. Mais um belo jogo.


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Tanto este como o companheiro do lado não podem ser ilibados do cataclismo que se abateu na área Sportinguista na última meia hora, neste espaço temporal ganharam zero, 0, nicles, bolas aéreas aos avançados maritimistas. Uma grande mancha num jogo a nível regular até aí.


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Ao “Bucha” Xandão juntou-se o “Estica” Rojo. Até à meia hora final tudo bem, tirando um susto ao outro, na meia hora final o excremento bateu na ventoinha. Viu-se e desejou-se para lidar com o bombardeamento aéreo insular, falhou muito mais vezes que acertou nesse aspecto.


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Pranjic é bom, ninguém dúvida, mas talvez relacionado com o estilo de jogo de um e outro não consigo sacudir a impressão que ao por o Croata nesta posição estamos a desperdiçar não só um excelente nº 10 como um magnífico defesa esquerdo (Ínsua). Em termos de jogo efectivo, nada a dizer sempre seguro, concentrado e relevante mas também sempre pouco incisivo.


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Gelson tem de jogar sozinho. É o puto que quer o recreio só pra ele. Não gosta de partilhar e ressente-se quando o obrigam. Não foi a toa que a entrada de Carriço para o seu lado coincidiu com a entrega do meio campo defensivo (e do jogo) ao adversário. Há que ter também cuidado com os amarelos escusados.
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Tentou empurrar a equipa para a frente, as vezes com sucesso, outras nem tanto. No entanto a sua exibição a espaços menos conseguida não pode ser separada totalmente da exibição do camarada do lado, se com Adrien se notava de longe que eram 2 galos para um poleiro, com Martins a sua produção subiu muito e não me surpreendi com isso.


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O dia 16/09/2012 marca o dia que perdi a paciência com este rapaz. Poça, que lentidão, o médio que o marca podia ir tomar um café e Croft ao tasco do senhor Evaristo e ainda chegava a tempo para lhe tirar a bola. Muito se discute a posição do miúdo, mais a frente?! Mais a trás?! Eu digo que será mais para o lado, bem para o lado ate sair pela linha lateral rumo aos balneários.


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Raio do puto parece já ter princípios de pirómano, sempre que se lembra de chegar calor no jogo deixa logo meia dúzia defesas a arder. É este o tipo de Carrillo que queremos ver, se ao menos o resto da equipa soubesse o que é uma bola ainda chegávamos a algum lado. Excelente jogo.


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Oh que pena que o resto do físico do Czar não esteja ao nível do que tem dentro do caco. A visão de jogo que oferece à equipa não tem paralelo passes que o comum mortal não acertaria a um passo este homem saca-os a 200 metros, é um predestinado, o proverbial “canhão de vidro”.


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Um jogo de luta intensa do Lobo, luta contra os centrais, luta contra a fome de bolas de golo, luta com certeza com a vontade de insultar o resto da equipa. Durante 90 minutos, 2(!!!) chances de golo, finalizou uma delas, fez o seu serviço. Tivessem outros a moral para dizerem o mesmo.


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Entrou ainda a tempo de causar impacto no jogo. Juntamente com A. Martins dinamizaram a equipa, não fosse Salin com uma defesa do arco da velha e o espanhol mais uma vez se poderia gabar de ser a arma secreta do leão.


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Juntamente com Capel e enquanto Sá Pinto se lembrou que o Sporting não é o Cascalheira de Rolhas F.C. transformou o meio campo leonino de água (salobra) em vinho (carrascão) com dinamismo e velocidade de processos, a sua exibição só fica manchada pela “falta” que origina o golo do Marítimo.


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Tu não tens culpa rapaz, culpa tem quem ainda não percebeu que meter-te em campo ao lado de Gelson é como que um toque de batida em retirada que se ouvie em todo o Portugal. Sá podia ter-te metido em campo com um Néon na cabeça a dizer “Vá agora ataquem vocês.” que ao menos facilitava a tarefa a quem via pela televisão.


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MVP: André Carrillo

Dado adquirido: Quando quer, mais rápido teria uma defesa sorte a parar um comboio de mercadorias com a testa que a parar o nosso Peruano. A dúvida já nem é se vai partir a defesa adversária, é se a vai partir constantemente ou só durante 10 minutinhos, hoje foi a 1ª opção.

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